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No nosso post anterior, trouxemos algumas tendências do varejo para 2022, discutidas durante o NRF Retail’s Big Show, o maior evento de varejo do mundo, organizado pela National Retail Federation.

Pontuamos sobre o caminho cada vez mais digital do varejo, empurrado por um consumidor cada vez mais digital, o que nos conduz também para o crescimento do Live Commerce. E, claro, não podia ser diferente, comentamos brevemente sobre o Varejo no Metaverso. Certamente, esse será um tema recorrente este ano em nossos conteúdos.

Por fim, mas jamais menos importante, registramos que a sigla DE&I de Diversity, Equity & Inclusion ganhará ainda mais força neste ano por aumentar a produtividade e a experiência de colaboradores e, ainda, fortalecer o varejo junto ao consumidor.

Mas, há mais. O varejo está em ebulição. Saiu da zona de conforto daquela transformação digital cadenciada.

Oito Tendências para o Varejo em 2022

Mais propósito do que preço

Nos últimos anos, as pessoas passaram a deseja posições de trabalho em empresas que possuam valores e propósitos similares aos delas. As empresas foram (e estão) tomando coragem para mostrar seus valores e engajar as pessoas.

Naturalmente, as marcas se viram na mesma situação. Não é à toa, que atletas de posições, opiniões e atitudes desalinhadas com a marca patrocinadora perderam patrocínios. Anunciantes tiraram suas verbas de veículos e canais que demonstraram valores opostos aos das marcas-anunciantes

Cada vez mais, as marcas e os estabelecimento de varejo precisarão oferecer mais do que preço e atendimento. É preciso ter empatia com o consumidor. Será que dá para agradar a todos? Já chegamos à era da segmentação por valores e até tendência políticas.

ESG rocks!

A sigla ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) já tomou conta do varejo. Este 2022, será um ano de aceleração da prática. O desafio das organizações de varejo deixa de ser entender os conceitos. Chegou a hora de vender a ideia para suas lideranças e fazer com que essa visão saia do papel e vá para a prática.

Os produtos sustentáveis estão mais baratos. Ainda sim, muitos consumidores se dispõem a pagar mais por marcas que respeitam o meio ambiente, que se engajam por mais justiça social. E a governança é pré-requisito para ter mais resultados, melhor relação com investidores e todos stakeholders.

Varejo em rede

Na NRF 2022, um dos temas mais abordados é a organização do varejo em Ecossistemas. Ou seja, a marca não consegue, hoje, desenvolver sozinha, design, políticas ESG, cobertura de mercado e omnicanalidade. Alguns grandes players apontaram essa direção quando estruturaram seus marketplaces unindo elos da cadeia para proporcionar variedade, preço e entrega rápida.

É um modelo, inaugurado pelo Alibaba, em 2018, que conectou e digitalizou pequenas lojas e varejistas independentes. A gigante chinesa já integrou quase 1,5 milhão de lojas e almeja alcançar 6 milhões. O modelo leva analytics, omnicanalidade, experiência e logística para as PMEs

As indústrias, por sua vez, ganham capilaridade e, eventualmente, o seu próprio varejo. E as grandes redes, varejistas líderes e marketplaces ganham volume, variedade e fidelidade.

No Brasil, Magalu, Via Varejo, Mercado Livre, por exemplo, também estão nessa direção.

Loja Mutante: a nova loja física

A pandemia despertou o varejo para a sinergia entre lojas físicas e lojas digitais. O papel e o modelo da loja física estão em evolução e essa convivência dos dois modelos será uma espécie de simbiose. Engana-se quem acha que a loja física vai morrer. Engana-se também quem acha que a operação digital é para tudo e suficiente.

A loja física passa a ser um ponto de contato, de experiência, de entrega, de engajamento e de fidelização.

Com a evolução do digital a loja física se encaminha para estar menos presente sim, em menor número na paisagem urbana. Também, será menor, visto que a a omnicanalidade possibilita a interação digital antes da compra e o cliente não ficará “passeando” por corredores.

As lojas físicas também irão incorporara cada vez mais design, entretenimento, educação e personalização. Como se a loja conceito passasse a ser a única loja física.

E como o consumidor muda o tempo todo, a loja também será mutante – layouts, estilos, eventos, mix de produtos etc.

Mais Tendências para o Varejo

Pagamentos Instantâneos: o PIX é um sucesso e será fundamental que o varejista inclua essa modalidade sob risco de perder vendas e clientes. Segundo a Febraban, o PIX já é utilizado por 70% dos brasileiros.

Dados unificados: sempre um desafio, continua cada vez mais fundamental integrar canais para obter um varejo unificado facilitando a personalização e operações de crédito, pagamento e trocas de produtos, por exemplo.

Dados. Ponto: dados passarão a ser a única matéria prima capaz de produzir personalização e fidelização. O cliente só sentira pertencente a uma rede, a uma marca quando ele pensar “meu deus, como sabiam disso?”.

Fast Selling: o varejo não será dos grandes. Será dos rápidos. O consumidor trabalha com duas carteiras. Em uma ele guarda o dinheiro que troca por produtos. Na outra carteira, ele deposita o seu tempo. Essa moeda é a mais escassa. Uma cotação altíssima. Tudo é para agora. A logística foi durante muito tempo fator mais relevante para o sucesso (tempo de entrega, custo de entrega). Passará a ser quase a única que importa para a fidelização.

Quem lida com estratégias, operações, marcas de varejo é um apaixonado por esse negócio. E o varejo parece retribuir com muita emoção e desafio. O escritor Dostoiévsky escreveu que “ás vezes, o homem prefere o sofrimento à paixão”. Acho que o que ele queria dizer é não dá para perder o bonde dessa transformação. Fique de olho nessas tendências, aprenda muito com o consumidor e se adapte para não ter sofrimento na sua operação de varejo… Bom, essa é a nossa interpretação!