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Não há dúvidas a respeito do quanto a migração de um banco de dados para a nuvem pode ser uma tarefa complicada — e muitas empresas e organizações só descobrem isso ao longo ou depois do processo de mudança — quando os problemas de compatibilidade ou desempenho e custos inesperados desabam como uma verdadeira avalanche.

Mas o que isso significa, de maneira geral? Que é de extrema importância levar em consideração que os métodos de hospedagem e gerenciamento de dados baseados em nuvem são bem diferentes dos modelos tradicionais.  Então, aqui estão seis pontos que devem ser considerados — ou melhor, seis perguntas que devem ser respondidas — antes da migração para evitar (grandes) dissabores tardios:

  1. Como é seu banco de dados?

Antes de qualquer coisa é necessário determinar o tamanho e a funcionalidade de seu banco de dados — e, ainda, como interage com os aplicativos. Ou seja, é preciso saber a quantidade de núcleos de CPU no servidor e o tamanho da memória, bem como o número de instâncias no escopo — além do total de bancos de dado por instância. Também é importante conhecer o número médio de conexões com o banco de dados, assim como os logs de transações médios e máximos gerados por hora.

Há, ainda, outro fator essencial nesse sentido, que é considerar a lógica de negócios utilizada para criação, armazenamento e gerenciamento de dados — já que esse processo pode ser afetado pela mudança para a nuvem. Há, ainda, outro aspecto importante a ser observado: a maneira pela qual os requisitos de conformidade, regulatórios ou de auditoria serão mantidos após a migração.

  1. Quais são as habilidades do seu time?

Descobrir quais são as tarefas diárias dos responsáveis pela gestão do banco de dados é outro ponto — que, nunca é demais dizer, pode e deve ser levado em conta. Em empresas de menor porte é possível que não haja um colaborador (ou equipe) apenas para desempenhar tal função; ainda assim, porém, é de suma importância saber quem é quem — e o que cada um faz. Do contrário, algumas tarefas fundamentais podem se perder quando a migração ocorrer.

E, na verdade, mesmo organizações maiores podem não ter colaboradores com experiência em migrações — e, por essa razão, é crucial identificar e preencher essas lacunas de conhecimento. Deve-se manter em perspectiva, porém, que os gestores de bancos de dados certamente necessitarão de um novo conjunto de skills — e isso quer dizer que a qualificação dos membros da equipe precisa ser considerada prioridade. E é muito importante considerar que o suporte especializado de terceiros pode ser extremamente benéfico, também.

  1. Como seu banco de dados é mantido?

Caso seu banco de dados esteja com índices reconstruídos regularmente e estatísticas atualizadas, a expectativa é que a migração seja tranquila.  Isso inclui aspectos como período de retenção para logs de transações, agendamento e armazenamento de backups — e, certamente, um plano de recuperação de desastres.

Ainda assim, porém, não é boa ideia descartar a execução de testes para garantir que nenhum backup esteja corrompido. Seja como for, diante desse cenário, o fato é que empresas que não contam com suporte dedicado à gestão do banco de dados certamente apresentam problemas de manutenção — que, naturalmente, devem ser solucionados antes da mudança.

  1. Como é o monitoramento do seu banco de dados?

Os monitoramentos e alertas do banco de dados são fundamentais, já que sempre é importante agir antes que um problema de desempenho fuja do controle. Assim, antes de mais nada, é necessário observar quais são os benefícios proporcionados pela solução de monitoramento para determinar o que deve ser acrescentado.

Mas qual é a razão para isso? Ora, a migração para a nuvem pode intensificar problemas existentes que não foram verificados. Por outro lado, também representa uma oportunidade para resolvê-los. Em outras palavras, isso significa que aprimorar a visibilidade do banco de dados ao longo do processo de migração contribui bastante para começar com o pé direito no novo ambiente.

  1. Quem tem acesso ao banco de dados?

É de extrema importância saber o número de usuários que acessam o banco de dados, assim como suas permissões e frequência de uso antes da migração. Se possuem acesso direto, quais são as ferramentas que utilizam e o método pelo qual a configuração foi realizada durante a instalação.

Por exemplo, caso um sistema sysadmin tenha sido usado, é fundamental ter acesso a ele.  Por essa razão, e considerando que a migração para Cloud consiste em uma excelente oportunidade para (re)organizar a gestão de usuários ao banco de dados — além de estabelecer novos protocolos —, é necessário manter em perspectiva quais precedentes serão estabelecidos.

  1. E inatividade durante a migração?

Essa, sem dúvida, é uma das perguntas mais relevantes nesse processo: por quanto tempo é possível tolerar a inatividade do banco de dados ao longo da migração? A resposta, evidentemente, varia de caso para caso — e está diretamente a um equacionamento de riscos, prazos e orçamentos para que empresas e organizações possam usufruir, o quanto antes, as vantagens e benefícios que a nuvem proporciona.

Conclusão

Tudo isso significa que existem inúmeras maneiras para realizar a migração de um banco de dados; não obstante, fazer as perguntas certas em meio a tal processo contribui significativamente para dissipar dúvidas e, principalmente, determinar a abordagem mais adequada. Mais: se o time de banco de dados da empresa ou organização nunca atuou em uma migração, contar com orientação especializada é, definitivamente, imprescindível.