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março 25, 2020
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A pandemia que não vai acabar
abril 8, 2020

Em muito filmes e séries, nos deparamos com o uso de tecnologias muito avançadas em cenários de guerra ou de caos. O triste e complexo momento que o mundo todo vive hoje com a pandemia do coronavirus, ou Covid-19, trouxe para a vida real esse cenário. Abordagens e tecnologias como Inteligência Artificial (AI), Data Analytics, Data Science, entre outras estão sendo fundamentais para vencer essa batalha mundial de saúde pública.

Foi providencial, com o perdão dessa fria observação, que alguns países atingidos sejam aqueles com recursos financeiros abundantes e muito avanço tecnológico. Na China, onde tudo começou, gigantes tecnológicos como Alibaba, Baidu e Huawei, associados a inúmeras startups, aceleraram suas iniciativas na área de saúde com a expansão do coronavirus.

Desta forma, a medida em que o “ataque viral” começava a mudar a vida de pessoas e empresas, a tecnologia ia sendo implementada para permitir às autoridades, empresas e toda a sociedade a transformar a forma de tratar a crise em ao menos 5 frentes:

  • Rastreamento da epidemia para identificar onde seria preciso agir primeiro e de que forma
  • Aceleração e acuracidade de diagnósticos de pacientes
  • Logística de medicamentos e outros insumos médicos
  • Pesquisas de tratamentos, medicamentos e vacinas
  • Orientações à população

Sete iniciativas tecnológicas cruciais para virar o jogo contra a COVID-19

 

1) Inteligência artificial para identificar, rastrear e prever surtos

O princípio é usar AI para aprender a identificar o início de um surto mediante a análise em velocidade e escala de notícias, informações das redes sociais, documentos governamentais, dados do sistema de saúde.

2) Deep Learning para dar velocidade aos diagnósticos

A startup chinesa de inteligência artificial Infervision, adaptou sua plataforma que reduz custos e aumenta a acuracidade e precocidade de diagnósticos de câncer para ser usada no diagnóstico do coronavírus. A tecnologia, que usa imagens de tomografia do tórax para faze o diagnóstico, foi levada a 34 hospitais chineses para aprender com 32 mil casos. O diagnóstico por imagem foi a solução para descongestionar os laboratórios que utilizam a análise de fluidos do corpo e obtém uma acuracidade de 96%.

3) Delivery com Drones nas áreas do surto

Os VANTS, veículos autônomos não-tripulados, passaram a ser usados para entregar suprimentos médicos nas áreas afetadas e assim aumentar a eficiência logística e a segurança epidemiológica. Ou seja, além de entregar medicamentos e suprimentos de forma mais rápida e organizada, os Drones foram usado para retirar amostras para exames e material descartado que precisaria ficar em quarentena para evitar mais contaminação.

4) Supercomputadores e mais Deep Learning para acelerar o desenvolvimento de vacina e medicamentos

Huawei, Alibaba, Google (por meio de sua divisão DeepMind) estão envolvidos em acelerar testes de medicamentos, desenvolvimento de vacinas. Com hardware de altíssima capacidade de processamento, essas iniciativas usam algoritmos de inteligência artificial para quebrar e entender as proteínas que compõem o vírus.  Algumas das abordagens buscam fazer a associação do vírus e seus efeitos com medicamentos já existente. Vem nascendo de iniciativas como essas as propostas de testar medicamentos que são usados em outras doenças para tratar ou atenuar os efeitos da COVID-19

5) Nanotecnologia para criar mais proteção para pessoas

A Sonovia, uma startup têxtil israelense, usa nanotecnologia para desenvolver máscaras e tecidos com resistência a produtos químicos. A empresa anunciou que conseguiu criar máscaras e tecidos que bloqueiam totalmente bactérias e fungos. A tecnologia será testada para avaliar sua eficácia em relação aos vírus e, em especial, o coronavírus.

6) Big Data e mais AI: identificação de pessoas infectadas

A medida usada na China é controversa e esbarra em questões éticas e de privacidade. Mas, para conter o avanço do contágio, o Governo Chinês usou seu sofisticado sistema de vigilância, baseado em reconhecimento facial e detecção de temperatura para identificar pessoas febris e, portanto, com probabilidade de portar o vírus.  O sistema foi complementado com um Big Data, que complementava a análise de risco com base em informações sobre suas viagens, tempo em que esteve em locais com grande número de casos. Os cidadãos chineses poderiam acessar a informação do seu grau de risco no WeChat (aplicativo de comunicação similar ao whatsApp)  e ser informado se deveria ficar em isolamento ou outras providencias.

7) Chatbots para orientar cidadãos

Os chatbots também foram ferramentas fundamentais no combate ao coronavírus. Desde a difusão de orientais para os procedimentos na identificação de sintomas até as questões relativas aos processos de isolamento, cancelamentos de serviços, viagens etc.

São tempos desafiadores. Há uma mobilização mundial para tomar ações para frear o avanço da pandemia, evitar um colapso nas infraestruturas de saúde, salvar vidas e manter a economia viva. A tecnologia hoje está em todos os lugares, em todos os setores. Vivemos na outra ponto uma aceleração dessa jornada digital que certamente vem dando e vai continuar dando sua contribuição para vencermos esses desafios.