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De maneira geral, DEVs iniciam sua carreira a partir do aprendizado de uma linguagem de programação voltada a objetos como, por exemplo, C#, C++, JavaScript, Java e Python – bem como sua aplicação em estruturas de dados sequenciais, condicionais e de repetição. À medida em que se tornam mais experientes e trabalham com aspectos diferentes (e mais complexos) de programação, a tendência é que criem afinidades e passem a manter o foco em uma área específica do sistema, dividindo-se em três grupos: back ends, front ends e full stacks.

 

  • Back end é quem estabelece como o sistema funcionará, ou seja, a lógica do negócio, todos os cálculos, o armazenamento e a recuperação de dados – além das maneiras pelas quais essas informações serão enviadas para outras partes do software.
  • Front end é o responsável pelo desenvolvimento visual do sistema, e isso significa que a aparência, a navegabilidade e o tratamento dos dados enviados pelo back end estão sob sua batuta – além do envio das informações coletadas dos usuários.
  • Full Stack, mais experiente, desenvolve tanto o front quanto o back end de um sistema. Atua também em meio à equipe e soluciona questões intrincadas.

 

Habilidades

Entre as habilidades necessárias a um DEV estão capacidade analítica, raciocínio lógico e capacitação profissional (algoritmos, Inteligência Artificial, Big Data, Internet das Coisas, JavaScript, sistemas operacionais e cloud computing, por exemplo) – além de bons conhecimentos do idioma inglês. Também é importante que possuam soft skills como comunicação, criatividade para lidar com situações que não possuam resposta óbvias, curiosidade, colaboração, trabalho em equipe, capacidade de adaptação a mudanças, autodidatismo, organização e resiliência.

 

Visão de negócio

E aqui vale destacar outro soft skill extremamente relevante para um DEV: a compreensão das características e dos objetivos da empresa – assim como do mercado em que atua. Em outras palavras, isso significa que é fundamental aliar a perspectiva técnica à visão de negócio para que seja possível entender as dores de clientes e usuários e saná-las, de maneira objetiva e específica, por meio de entregas com qualidade e valor agregado.

 

Especialista ou gestor?

Quando chegam à senioridade, não é incomum que DEVs atinjam uma espécie de entroncamento na carreira. Afinal, uma vez que que tenham evoluído sob diversas perspectivas, é hora de escolher o caminho a ser trilhado. Por esta razão, muitas empresas adotam o modelo de carreira em Y para oferecer oportunidades de crescimento a profissionais que se destacam por sua excelência técnica.

 

Afinal, ainda que a evolução profissional seja tradicionalmente associada a cargos de gestão, é necessário levar em consideração aspectos como preparo e perfil. Ou seja, por mais que o profissional esteja preparado tecnicamente, a ausência de habilidades necessárias para liderar, caso venha a se tornar um gestor, certamente resultará em problemas como atritos, falta de motivação e elevada rotatividade nas equipes.

 

Assim, muitos DEVs escolhem a carreira de especialistas técnicos e continuam a se desenvolver, aprimorando competências e valorizando sua formação e experiência. E há, ainda, o modelo de carreira em W, na qual o profissional tem a opção de desenvolver sua capacidade técnica e habilidades de gestão sem qualquer interrupção em sua trajetória. Neste caso, portanto, é possível que o DEV atue como especialista e também como, por exemplo, líder técnico, engajando e motivando equipes.

 

DEVs e o futuro

Em 2011, Marc Andreessen, fundador da gestora de venture capital Andreessen Horowitz, declarou que toda empresa se tornará desenvolvedora de software – e muitos disseram que era uma previsão exagerada. Hoje, porém, não restam dúvidas de que esse é um caminho sem volta. As empresas precisam, cada vez mais, abraçar o digital para que se mantenham relevantes e competitivas em seus mercados. Essa tendência, naturalmente, reflete na carreira de DEV.

 

Segundo a plataforma de recrutamento trampos.co, só no último ano aproximadamente 40% das vagas de TI no Brasil destinaram-se a desenvolvedores full stack. Cerca de 27%  foram para programadores front end e 17%, para profissionais de back end. A conclusão, portanto, é óbvia: não há exagero ao afirmar que, definitivamente, os DEVs estarão entre os profissionais mais requisitados no futuro.